| Lenda ou meia-verdade? Roraima: estado brasileiro, cobiça internacional |  |
<< Primeira parte Segunda parte ContinuaçãoEm janeiro de 2005, houve um novo trânsito dessa história. Dessa vez foi o 'relato' de Juliana Moreira publicado no jornal O Democrata edição de 16 de outubro de 2004. A mensagem não diz em que cidade esse jornal é publicado.
Continuaríamos sem saber em qual cidade O Democrata é publicado não fosse a gentileza de Annabel. Diz ela: "Não sei porque a dificuldade de encontrarem o tal artigo... Encontrei de primeira: http://www.odemocrata.com.br/ 151004/ nas_ondas.asp" Versão de janeiro de 2007 tem a autoria atribuída a doutorando da UNICAMP e apresenta o seguinte preâmbulo: Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima.
Logo em seguida, o autor afirma: Conversei com algumas pessoas nesses três dias.
Ora, se passou em concurso público e foi trabalhar em Roraima, como é que lá esteve apenas durante três dias? Desistiu do emprego? Ou é um desses empregos que permite longas ausências ao serviço?
Essa mesma versão é publicada no sítio Tem Notícia e é intitulada Amazônia invadida. A PRÓXIMA GUERRA.

O brasão das armas, instituído por lei, depois de concurso público, é de autoria de Antônio Barbosa de Melo que assim o descreveu: Arroz - simboliza nosso produto de exportação; Arma Indígena - homenagem às diversas etnias indígenas existentes do Estado; Garimpeiro - homenagem às nossas riquezas minerais; Monte Roraima - serra que originou o nome do nosso Estado; Garça - ave típica da região.
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Em abril de 2008, o general comandante do Exército na Amazônia, Augusto Heleno Ribeiro Pereira, afirmou: - o Brasil está caminhando para perder parte de Roraima devido às demarcações de terras indígenas;
- Roraima está acabando, porque o território indígena é maior que o do estado;
- o comandante da Amazônia observou que um indício de que as ONGs estão por trás da questão indígena é que muitos índios não têm condições de formular reivindicações que fazem. “Há ONGs picaretas entre as 220 mil que atuam no Brasil.”
Segundo a mesma página, "O secretário de Comunicação do governo de Roraima, Rui Figueiredo, afirmou ao G1 que o governo do estado concorda com a posição do general. Figueiredo destacou que hoje as demarcações de terra indígenas correspondem a 46,31% do território do estado."
Veja só: enquanto o general diz que " território indígena é maior que o do estado", o secretário de Comunicação do governo de Roraima diz que "...as demarcações de terra indígenas correspondem a 46,31% do território do estado."
Quanto às ONG picaretas é fato que elas existem, são muitas as que recebem dinheiro do exterior com finalidades não muito claras ou com finalidades não convenientes para o Brasil.
Em 2007, senador do PFL/DEM propôs criação de CPI para investigar a atuação das ONG no Brasil. Parece que a preocupação maior do senador era a inexistente ONG Sociedade dos Amigos de Plutão.
Mas não é por falta de CPI que nada se apura nem nada se conserta. Manchete da Folha On Line de 23/02/2001 diz: Senado abre CPI para investigar atuação de ONGs.
Seis anos depois, outra CPI é criada. Decisões e apurações da CPI de 2001 não são levadas em conta. Senadores gostam de brincar de CPI. |
Mais sobre a Amazônia brasileira, índios, biopirataria e Roraima:
A AMAZÔNIA PARA O BRASIL
A criação da Reserva Ianomami
A Lenda do Monte Roraima (A palavra Roraima vem de Roro-imã que na língua pemon significa monte verde.)
A Nação é uma só
Amazônia, Brasil
Área Indígena Raposa/Serra do Sol
BIOPIRATARIA
Biopirataria (coleção de links)
Biopirataria na Amazônia - a recorrência de uma prática antiga
Biopirataria na Amazônia: perguntas e respostas
Caserna - REFLEXÕES SOBRE A AMAZÔNIA
CIR - Conselho Indígena de Roraima
Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira
Cupuaçu gera processo brasileiro na justiça do Japão
CURIOSA ONG DO SENHOR CLARK, A
DEFESA DA AMAZÔNIA
Denúncia atinge ONGs
descobrimento das cem montanhas de cristal, O
Die brasilianischen Yanomami-Indianer (www.yanomami.org)
Direitos dos índios
Estrangeiros registram patentes sobre produtos da Amazônia
Etnias Indígenas existentes em Roraima
Exportação de produtos à base de cupuaçu sofre barreira comercial
Formação do território brasileiro
General [Augusto Heleno Ribeiro Pereira] diz que Brasil pode perder parte de Roraima, segundo jornal [O Estado de S. Paulo] (abril de 2008). "Roraima está acabando, porque o território indígena é maior que o do estado."
Governo de Roraima oferece dinheiro à organização indígena que é contra a demarcação (26 Jan 2002)
In the Amazon: Conservation or Colonialism? (27-07- 2007, by LARRY ROHTER)
Limites éticos: o caso do cupuaçu
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Não ao desmembramento do Brasil
Nossas áreas protegidas estão em perigo!
NOTA OFICIAL DO CLUBE MILITAR (abril de 2008)
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Roraima
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BIOPIRATARIA NA AMAZÔNIA
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Ministério Público Federal vai investigar biopirataria
Reservas indígenas
'Não podemos infligir uma segunda derrota a eles' (20/04/2008) Entrevista com Eduardo Viveiros de Castro. "Roraima é um Estado que não se mantém sozinho, ou melhor, que depende do repasse de recursos federais. Um lugar onde 90% dos políticos nem sequer são nativos. Onde o maior arrozeiro, que está à frente do movimento contra a reserva, arvora-se em defensor da região, mas veio de fora.... ... "O general [Heleno] diz: “Sou totalmente a favor dos índios”. Imagine então o contrário, um índio indo para a televisão dizer que é totalmente a favor dos generais. Esquisito, não? "Representa esse Estado [Roraima] o senador Romero Jucá, que é pernambucano e hoje atua como líder do governo. Jucá tem interesses claros e bem definidos. É dele o projeto que regulamenta a mineração em terras indígenas. Regulamenta, não. Libera. ... " O que não falta por lá é capital estrangeiro. Por que então os índios incomodam? Porque suas terras, homologadas e reservadas, saem do mercado fundiário." Fantasmas convenientes
Surto antiindígena |
Os leitores comentam. Mensagem original.
Oi pessoal.
As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente mas, chegando em Boa Vista (RR), não pude resistir em fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.
Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.
Prá começar, o mais difícil de se encontrar por aqui é roraimense! Para falar a verdade, acho que a proporção de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável: tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto, falta uma identidade com a terra.
Aqui não existem muitos meios de sobrevivência: ou a pessoa é funcionária pública, e aqui quase todo mundo o é, pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura é claro, ou trabalha no comércio local ou recebe ajuda de programas do governo.
Não existe indústria de qualquer tipo.
Pouco mais de 70% do território roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto, restam apenas 30%, descontando-se os rios e as terras improdutivas (que são muitas!) para se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.
Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a Manaus, cerca de 800km) existe um trecho de aproximadamente 200km (reserva indígena Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6 h da manhã e 6 h da tarde! Nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI "e dos americanos") para que os mesmos não sejam incomodados!
Detalhe: você não passa se for brasileiro, mas o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses!
Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI!
Detalhe: americanos entram na hora que quiserem!
Outro detalhe: se você não tem uma autorização da FUNAI, mas tem a dos americanos, então você pode entrar!
A maioria dos índios fala a língua nativa, além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português.
Dizem que é comum, na entrada de algumas reservas, encontrarem-se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas!
É comum se encontrar por aqui americanos tipo "nerds", com cara de quem não quer nada, que "vieram caçar borboleta e joaninha e catalogá-las" mas, no final das contas, pasmem, se você quiser montar um empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí camu-camu etc, medicinais, ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar royalties para empresas japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia !
Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: "é, os americanos irão acabar tomando a Amazônia" e em todas elas ouvi a mesma resposta, com palavras diferentes.
Reproduzo a resposta de uma senhora simples, que vendia suco e água na rodovia, próximo de Mucajaí: "Irão não, meu filho, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles! Eles comandam tudo! Você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam! Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque (quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra!) Aqui vai ser a mesma coisa." A dona é bem informada, não?
O pior é que, segundo a ONU, o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena ....... O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas.
Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil, numa parceria com o governo colombiano com o pseudo objetivo de combater o narcotráfico.
Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa "mãe" chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem estrada para as Guianas e Venezuela.
Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês, "isso pode causar um incidente diplomático"!
Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.
Pergunto inocentemente às pessoas: porquê os americanos querem tanto proteger os índios? e a resposta é absolutamente a mesma:
Porque as terras indígenas, além das riquezas animais e vegetais, da abundância de água, são extremamente ricas em ouro (encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e, nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO".
Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa.
Saio daqui com a quase certeza de que, em breve, o Brasil irá diminuir de tamanho.
Acorda Brasil.
Um grande abraço a todos," |
Versões de abril de 2008 possui o seguinte adendo:
Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique sabendo desses absurdos. Mara ... Depto de ... Cel. FMRP - USP
Opinião pessoal:
Gostaria que você, especialmente que recebeu este e-mail, o repasse para o maior número possível de pessoas. Do meu ponto de vista seria interessante que o país inteiro ficasse sabendo desta situação através dos telejornais antes que isso venha a acontecer.
Afinal foi um momento de fraqueza dos Estados Unidos que os europeus lançaram o Euro, assim poderá se aproveitar esta situação de fraqueza norte-americana (perdas na guerra do Iraque) para revelar isto ao mundo a fim de antecipar a próxima guerra. Conto com sua participação, no envio deste e-mail.. |
Versão de janeiro de 2013 possui diferente opinião de Mara:
Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique sabendo desses absurdos. Mara ... Depto de ... Cel. FMRP - USP
Opinião pessoal: Gostaria que você que recebeu este e-mail, o repasse para o maior número possível de pessoas. Do meu ponto de vista seria interessante que o país inteiro ficasse sabendo desta situação através dos telejornais antes que isso venha a acontecer.**** |
<< Primeira parte de Roraima: estado brasileiro, cobiça internacional.
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